cover
Tocando Agora:

Trabalhadores são resgatados em condições análogas à escravidão em pedreiras no Sertão de PE

Auditores-fiscais do trabalho resgatam 14 trabalhadores em pedreiras no Sertão de PE Uma operação realizada por auditores-fiscais do trabalho, entre os dias ...

Trabalhadores são resgatados em condições análogas à escravidão em pedreiras no Sertão de PE
Trabalhadores são resgatados em condições análogas à escravidão em pedreiras no Sertão de PE (Foto: Reprodução)

Auditores-fiscais do trabalho resgatam 14 trabalhadores em pedreiras no Sertão de PE Uma operação realizada por auditores-fiscais do trabalho, entre os dias 26 de outubro e esta quinta-feira (5), nos municípios de Exu e Parnamirim, no Sertão de Pernambuco, resultou no resgate de 15 pessoas, entre elas um adolescente de 15 anos, que estariam sendo submetidas a condições análogas à escravidão, em pedreiras nas zonas rurais dos dois municípios. Segundo os auditores, a equipe constatou condições degradantes de trabalho e de moradia, ausência total de registro e direitos trabalhistas e riscos graves à integridade física de 11 trabalhadores. Em uma das pedreiras, foi flagrado um adolescente de 15 anos realizando atividade de corte manual de pedras, em violação à proibição de trabalho infantil em atividade insalubre e perigosa. O que é trabalho análogo à escravidão, segundo a lei brasileira 📱:Baixe o app do g1 para ver notícias de Petrolina e Região em tempo real e de graça “Os trabalhadores viviam dentro das pedreiras, nas proximidades das frentes de serviço, em barracos de lona sustentados por galhos sobre o chão batido, sem instalações sanitárias, local para alimentação ou acesso à água potável. Dormiam em redes ou pedaços de espuma sobre estruturas improvisadas de madeira, guardavam seus pertences pendurados em cordões e cozinhavam em fogões de pedra montados no chão”, diz a nota da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT). De acordo com a nota, os auditores identificaram que a água destinada ao consumo dos trabalhadores era armazenada em tambores reaproveitados e contaminados por impurezas, sendo ingerida sem qualquer forma de purificação. “As necessidades fisiológicas eram realizadas no mato, e o banho tomado com baldes e canecas, o que evidencia o grau extremo de degradação e vulnerabilidade a que estavam submetidos”, destaca a nota. Local onde os trabalhadores resgatados viviam, na pedreiras em Exu e Parnamirim SIT / Divulgação Além da falta de estrutura, os trabalhadores não tinham acesso a equipamentos de proteção individual (EPI), assistência médica ou vinculo formal de emprego. “Nas frentes de porte das pedras, verificou-se o uso de ferramentas manuais rudimentares e explosivos artesanais, compostos por pólvora negra, salitre e bateria de automóvel prática que representa risco iminente de mutilação e morte”. Saiba o que é trabalho escravo Vídeos: mais assistidos do Sertão de PE

Fale Conosco